O atacante Neymar com a camisa 10 da seleção brasileira (Rafael Ribeiro/CBF)
Neymar tem bem poucas chances de voltar a vestir a camisa da seleção brasileira sob o comando do técnico Carlo Ancelotti, segundo a opinião do ex-jogador Walter Casagrande. Para ele, o camisa 10 do Santos terá que ter profundas mudanças comportamentais para conseguir fazer parte do grupo que vai disputar a Copa do Mundo de 2026.
Em participação no UOL News Esporte, no YouTube, nesta quarta-feira (11), o comentarista esportivo avaliou que o craque brasileiro só será novamente convocado pelo treinador italiano se deixar de se considerar diferente dos demais jogadores que fazem parte do grupo que será formado até o Mundial do ano que vem, que será disputado nos Estados Unidos, Canadá e México.
“Para o Neymar ter uma pequena chance de fazer parte desse grupo ele tem que ter uma sequência de uns seis ou sete jogos, jogando sem se machucar, demonstrando espírito de luta, que ele não tem faz tempo, tem que demonstrar que joga para o time, que respeita hierarquia… Ele não pode se achar mais que os outros jogadores”, afirmou Casagrande.
Fim dos privilégios a Neymar na seleção brasileira? 112026
Casão ainda indicou que Neymar sempre teve privilégios quando vestiu a camisa da seleção brasileira com todos os técnicos anteriores a Carlo Ancelotti, mas que isso não será mais tolerado no time do italiano e que não é tolerado mais em nenhuma das melhores seleções do futebol mundial atualmente como França, Espanha e Portugal.
“Não pode ter privilégios como ele teve com o Tite e com todo mundo que levou ele para a seleção. Isso aí não funciona mais. Não é que não funciona no Brasil, olha as seleções europeias… A França, mesmo tendo Mbappé, é coletiva. A Espanha, com Yamal e Nico Willians, é coletiva. Cristiano Ronaldo hoje se coloca em igualdade com os jogadores de Portugal”, completou Casão.
Ancelotti revela posição que camisa 10 pode atuar bem 1f3f4n
Após a vitória diante do Paraguai, o treinador Carlo Ancelotti foi questionado sobre a presença de Neymar no hotel da seleção brasileira e em que posição ele poderia atuar quando estiver em boas condições em uma eventual convocação.
“Vi o Neymar no hotel. Demos um abraço. Quando estiver bem, ele poderá jogar em qualquer lugar do campo. Poderia fazer a mesma função de (Matheus) Cunha, como o número 10. Nessa posição pode ser muito perigoso”, destacou Ancelotti.
Visita à seleção antes de duelo com o Paraguai 6q2uf
Neymar visitou o time canarinho, antes da vitória por 1 a 0 sobre o Paraguai, pelas Eliminatórias, e se encontrou com Carlo Ancelotti. “É um dos maiores da história. Nós jogadores temos que aproveitar”, disse o camisa 10 do Santos, que esteve na Neo Química Arena para acompanhar o duelo.
“Fui vê-lo, ver os jogadores. Fico feliz de ver todos. Tenho um carinho por todos. Óbvio que o respeito que eles têm por mim, eu também tenho por eles. O que eu puder fazer pela seleção brasileira, vou fazer”, prosseguiu o craque brasileiro, que tem como objetivo ser novamente convocado para os próximos jogos das Eliminatórias contra Chile e Bolívia, nos dias 9 e 14 de setembro, respectivamente.
“Eu sempre estive perto (da seleção brasileira). Em todas as convocações, eu sempre estive perto. Os treinadores podem falar isso. Eu preciso voltar à forma física 100%. É isso que eu quero fazer. Vou me dedicar bastante para voltar muito bem”, concluiu
